O artigo traz relatos de uma conferência proferida em 8 de novembro de 1951 na FAU USP, pelo professor Luiz de Anhaia Mello. De início nessa conferência Mello traz opiniões de Pierro Vago sobre o urbanismo; tenta expor os principais conceitos do urbanismo da época e passa a discutir alguns temas: como a especulação imobiliária conseqüente de um mau planejamento. Outro ponto destacado foi o crescimento da população da capital, o qual o autor atribui ao êxodo rural, como consequência de uma baixa da produção agrícola. Pontua a urgência em se resolver tais problemas.
O artigo, ainda, faz considerações sobre o transporte, mais especificamente as estradas de ferro e como elas seriam o mais importante patrimônio nacional. Também discorre sobre a questão da energia elétrica e sua distribuição, que é concentrada na capital.
Como novo urbanismo (pela Scott Committee, on Land utilisation in Rural Areas, e o Uthwatt Expert Committee) coloca ser o equilíbrio entre: habitar, trabalhar, recrear e circular; problemas urbanos integrados com os regionais e esses com o nacional, aplicando métodos sociológicos, focando o fator humano. Também traz as conclusões do relatório da Barlow Commission para a Inglaterra, algumas são: criação de uma Autoridade Central Nacional; remodelação de áreas urbanas congestionadas; descentralização de áreas urbanas; coletas de informações e pesquisas referentes a localização das industrias e recursos naturais.
A partir disso Mello discorre sobre como deve ser um “Plano Nacional de Espaço Brasileiro” que deve cuidar da distribuição geral da população, energia, transporte e comunicação. Esse plano estaria subdivido entre as 5 grandes regiões do país. Como exemplo de plano regional, o autor traz o plano do vale do rio Tennessee. Também comenta sobre o que é o Plano Diretor tendo como referência o “Official City Map” dos americanos.
Por fim, enfatiza a necessidade de um Plano Diretor Regional de São Paulo, na ausência de qualquer plano nacional.

Ao final deste artigo contém uma propaganda dos impermeabilizantes Ceresita.