Trata-se da monografia vencedora do III Congresso Nacional de Engenharia, reunido em Belo Horizonte em 1942, versando sobre a estruturação mais aconselhável para o ensino de engenharia no Brasil, e que foi escrita pelo Eng. Mário Lopes Leão.

O caminho escolhido pelo autor para tratar do tema consiste em passar em revista os conceitos de “engenharia” e de “engenheiro”, pois para ele ao ser fixado o tipo de engenheiro desejável para o país, seria possível fixar os meios que seriam desejáveis para a sua formação.

No decorrer do texto Leão estabelece a existência de tipos de engenheiros e que podiam ser agrupados em três classes distintas: de formação geral (europeia), restrita (alemã) ou mista (americana).

Em seguida, após uma breve análise da relação do Brasil com a engenharia conclui que as escolas de engenharia deveriam formar engenheiros, técnicos de boa formação geral, conhecedores do meio e aptos para resolver os problemas nacionais.

O autor também trata da formação do engenheiro atentando detalhadamente para as seguintes esferas: a cultura moral, geral e profissional, atuando o ensino superior neste último aspecto. Outro ponto importante, ainda sobre a educação, é a formação secundária, cujas reformas foram comentadas, expondo também o autor sua opinião sobre alguns de seus aspectos.

Por fim, Leão propõe que o ensino de engenharia deveria iniciar-se por um curso de preparação profissional de um ano, que poderia chamar-se preliminar, e que completaria as lacunas deixadas pelo ensino secundário.

No texto há citações de falas dos engenheiros Roberto Simonsen, Vitor da Silva Freire, Francisco de Paula Souza, entre outros.