Conferência do engenheiro Roberto C. Simonsen, realizada em 26 de julho no Conselho Federal de Commercio Exterior, perante a Missão Universitária Norte-americana, em visita ao Brasil. Tem por tema principal a produção industrial brasileira, questionando os motivos das distinções entre a evolução econômica no Brasil e nos Estados Unidos nos últimos 150 anos e a preponderância da economia norte-americana. Promove um retorno reflexivo à história nacional para compreender o desenvolvimento da economia brasileira, sobretudo durante o século XIX.
De acordo com as questões apresentadas, na primeira metade deste século, a inexistência de fatores favoráveis à industrialização, a política livre cambista adotada e a concorrência das manufaturas inglesas impediram a evolução da indústria nacional. Entre 1862 e 1885 houve acentuado progresso, com a instalação de pequenas fábricas, principalmente no Distrito Federal. A indústria têxtil teria sido a mais expressiva.
Localiza entre 1880 e 1890 o primeiro surto industrial no Brasil. Tal desenvolvimento careceria de dados estatísticos pela precariedade dos censos inicialmente promovidos, no entanto o recenseamento efetuado em 1920 demonstrou que a indústria passou a ter valor ponderável a partir de 1885. A maioria das indústrias concentrara-se no Município Neutro e no Rio de Janeiro, mas com a implantação da Republica, mais da metade das atividades industriais seguiram para São Paulo, Bahia e Pernambuco. Em 1939 a produção paulista correspondia a mais de 43% da brasileira, mas evidencia-se a produção de artigos para consumo imediato e a ausência de indústrias pesadas e básicas. Exalta as contribuições norte-americanas na evolução do parque industrial paulista, sobretudo empresas como a canadense “The San Paulo Tramway Light & Power Co. Ltd.”. Cita uma conferencia realizada pelo Snr. Waldyr Niemeyer em que demonstra o reflexo das atividades industriais no desenvolvimento dos mercados internos. Trata ainda da falta dos combustíveis

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