O presente artigo traz considerações do Prof. Dr. Christiano S. das Neves sobre a arquitetura contemporânea. Ele inicia dando um exemplo comparativo entre a igreja de Saint Paul de Montluc (ogival metálico) e as catedrais francesas, de ogival estereotômico, a fim de argumentar sobre os novos materiais empregados na arquitetura. Segundo ele, materiais como o ferro e o cimento armado deram resultados negativos na tentativa de um novo estilo. Tais obras não podem ser consideradas arquitetônicas, mas sim de engenharia, cuja beleza só pode ser encontrada quando há harmonia e proporção.
Outra questão abordada é a das formas. De acordo com Neves, as formas arquitetônicas utilizadas a séculos não podem ser modificadas pela ciência, que se detém apenas à riqueza e economia da construção. Pela falta de formas, a arquitetura futurista emprega cores e materiais que possam disfarçar sua pobreza.
Deste momento em diante, o autor trata de forma breve sobre a origem da arquitetura, que se dá com os grandes monumentos e não com habitação do homem.É importante para Neves também ressaltar que reproduzir as boas formas não é plágio, sendo, inclusive, muito melhor do que criar algo ruim, dando o exemplo dos EUA, que apesar de mudar os materiais, manteve a boa forma. Por fim o autor fala sobre a falta de ciência sobre a função do arquiteto, bem como do reconhecimento de sua importância, salientando os Congressos Pan-americanos de Architectura, que objetivam maior esclarecimento de sua alta missão civilizadora.