O artigo trata acerca do conceito de beleza na arquitetura, primeiramente estabelecendo as três condições fundamentais para sua realização, a saber: harmonia entre objeto e destino, harmonia entre as partes do objeto e harmonia entre o objeto e o espectador. Dadas essas condições, o autor cita brevemente exemplos, tais como Egito, Grécia, além dos períodos Bizantino e Gótico. Ademais, faz uma crítica em relação ao que se tornou a arquitetura durante o Renascimento, uma vez que a arte de construir perde cada vez mais seu caráter social e passa a “servir ao luxo e orgulho da aristocracia”.
Cypriano Lemos também remete à desconstrução do belo na arquitetura contemporânea, empregando-se na falta dele o que se costuma chamar de “interessante”, que segundo ele, tem certo grau de beleza. Aplicando esses conceitos ao Rio de Janeiro, Lemos conclui que quase nada do que foi feito seja ao menos interessante, devido à desvalorização em relação ao trabalho do arquiteto.